Sempre gostei de ouvir rádio e ouvir também os cantadores que apareciam na praça.
Na verdade em casa sempre havia música e ouvíamos muitos discos, discos de histórias, discos de poesias e claro músicas também.
Em Aracajú (Nordeste) era comum aparecer na praça os cantadores que usavam o desafio como forma de cativar os passantes que se tornavam ouvintes, e qual era o risco? Era ser escolhido por eles, a partir daí os versos eram sobre os escolhidos. Quase sempre divertidos e na maioria das vezes críticos o que permitiam a gozação da platéia.
Ficava muito tempo ouvindo aqueles “gênios” para mim, criança, que não conseguia nem tinha o entendimento de que além da astúcia havia um lógica de versejar.
Sinto falta dessa forma expontânea de criar com o cotidiano, aqui no Rio de Janeiro descobri que também no samba haviam os versadores.
Como o mundo é pequeno.
Luciano Menezes
19/dezembro/2008
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